A relação entre dieta e doenças cardiovasculares é bem conhecida. O padrão de dieta ocidental, rico em carne vermelha, grãos refinados, manteiga, carne processada, alto teor de gordura, produtos lácteos, doces e sobremesas, batatas, ovos, gorduras hidrogenadas e bebidas adoçadas com açúcar, tem sido associado ao aumento de casos de doenças cardiovasculares.
Estudos apontam que um padrão de dieta mediterrânea (rico em azeite de oliva, nozes, frutas e legumes, grãos integrais e peixe, ingestão moderada de álcool, mais pobre em carne vermelha, processados, grãos refinados e doces) está associado a menores níveis de inflamação e um menor risco de doenças cardiovasculares.
A dieta mediterrânea não destaca itens alimentares específicos ou limite de calorias, mas prefere enfatizar uma abundância de alimentos e traz como característica o alto consumo de verduras, legumes, frutas e cereais; consumo moderado, porém regular, de vinho; consumo moderado de peixe; baixo consumo de carne vermelha; baixa a moderada ingestão de produtos lácteos. Também fornece todos os micronutrientes essenciais, fibras e outras substâncias do alimento que promovem saúde.
As frutas e legumes contêm uma grande variedade de nutrientes e fitoquímicos que podem agir em conjunto para produzir um benefício; vitaminas, fibras e minerais podem conferir cardioprotetores, propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
A ingestão de fibras, vinda de frutas e legumes, está associada à redução de peso corporal, circunferência da cintura, pressão arterial, glicemia de jejum, aumento do HDL, e tudo isso diminui o risco de doenças cardiovasculares. A ingestão de 20 gramas ao dia de fibra já traz benefícios.
A dieta mediterrânea apresenta benefícios à saúde, pois contém níveis mais elevados de nutrientes, tais como ácido graxos essenciais, magnésio e vitaminas que estão relacionadas com a melhora da saúde cardiovascular.
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Por nutricionista Mirian Lucia Joo