Definição de Stress: situação ou fator que provoca intenso abalo.
Causa: emocional, bioquímica ou física.
Reação de alarme: produz liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e cortisol. Os sintomas físicos apresentados são: pêlos eriçados, frequência cardíaca alta,
pressão arterial alta, grande tensão muscular, estômago paralisado, intestino paralisado, glicose alta, respiração rápida, pupilas dilatadas.
Sintomas psicológicos apresentados: pensamentos acelerados, ansiedade, pânico.
Órgãos de choque atingidos no stress: estômago, intestino, artéria, coração.
Formas de stress: curto e intenso; longo e crônico.
Temos o stress, que é a busca de adaptação a uma situação adversa, o
distress que é o stress considerado ruim, pois a pessoa não vê saída à situação
adversa, sendo assim adoece rápido, e o eustress, que é considerado bom por ser buscado e desejado pela pessoa. Ex: esportes radicais. Todos, a médio e longo prazo, levam a doenças.
Stress a longo prazo: sistema imunológico suprimido, menos ativo ou confuso, colesterol aumentado, ossos perdem o cálcio, instala-se hipertensão, tensão muscular leva a dores de cabeça, intestino reage com diarréia ou espasmo, arritmias cardíacas. Maior frequência de gripes e resfriados.
O Sistema Nervoso Autônomo é dividido em:
1- Sistema Nervoso Simpático, mais ativo durante o dia e diante de situações ameaçadoras, causando excitação. Produz descarga de catecolaminas no sangue.
2- Sistema Nervoso Parassimpático: (acalma, freia). Mais ativo a noite e nos momentos de relaxamento, produzindo frequência cardíaca baixa, pressão sanguínea baixa, tensão muscular baixa. É regenerativo para o corpo.
Na depressão por perdas há um aumento da atividade parassimpática.
Técnicas para combater o stress induzem um estado parassimpático.
Fontes de stress: família, trabalho, ambiente onde vive a pessoa, mas sempre a partir da percepção da pessoa, pois o que é estressante para uns não é para outros.
Tabela Holmes- Rahe (12 a 24 meses). Tabela usada para medir stresss.
+ 300 pontos - 79% - doença grave.
151 a 299 - 51%.
abaixo de 151 - chance pequena de adoecer.
Partes do corpo depositárias das emoções:
A medicina chinesa verificou, através de seus métodos de pesquisa, que os órgãos citados abaixo são depositários das emoções. Esta é uma informação muito importante para a psicossomática, pois quando o paciente apresenta doença nos órgãos citados podemos trabalhar as emoções que estão contribuindo na doença, favorecendo a cura.
- fígado, vesícula biliar, olhos, tendão: raiva, cólera.
-intestino delgado, coração, língua, vasos: alegria.
-pulmão, intestino grosso, nariz, pele, cabelo: tristeza, melancolia.
-rim, bexiga, ouvido, osso: medo e apreensão.
-baço, estômago, boca, músculo: ansiedade.
Há três grandes quadros de doenças que podem ser fatais. as pesquisas mostram como fator desencadeante situações de stress como perdas, separações, conflitos, pressão no trabalho, etc.
Rosenman e Friedman (1974), em pesquisas com pessoas que apresentavam doença coronariana, elaboraram um conjunto de características apresentados por estes e deram o nome à personalidade apresentada por eles como Personalidade tipo A: Estes são perfeccionistas, trabalham de 12 a 16 horas por dia, são exigentes consigo mesmo e com os outros, sensíveis à crítica, soberbos, tem dificuldade em demonstrar afeto embora sintam; expressam-se geralmente através de presentes, apresentam crise de abstinência nos finais de semana e férias. Não conseguem relaxar e ter lazer. Não tem paciência com as pessoas que não respondam com a rapidez que exigem. A hostilidade que apresentam está diretamente ligada à liberação excessiva de noradrenalina e esta provoca o aumento do colesterol considerado ruim. Estes geralmente desenvolvem enfarte e acidentes vasculares cerebrais.
Solomon (1981) e Moos (1964) organizaram, através de pesquisas, as características das pessoas que desenvolvem doenças auto-imunes. Chamaram de Personalidade tipo B: quietas, introvertidas, confiáveis, consentidoras, restritas na expressão das emoções, rígidas, conformistas, superativas e auto-sacrificadas, obsessivas, excessivamente organizadas, metódicas, perseverantes, com rigidez de conduta e de deveres.
Greer e Morris (1975) descobriram que as pessoas que desenvolvem câncer apresentam determinadas características. Chamaram de Personalidade tipo C: costumam ser resignados, cooperativos, não assertivos, suprimem as emoções negativas particularmente a raiva, submetem-se facilmente à autoridade externa.
O trabalho desenvolvido com estas pessoas deve ser multiprofissional: psicoterapia, técnicas de relaxamento e visualização, exercícios físicos, medicamentos quando necessário. As atividades físicas podem ser aeróbicos, anaeróbicos, desenvolvimento de habilidades.
Atividades aeróbicas: (caminhada, corrida) - acelera o coração durante prolongados períodos sem tornar exaustivo. Permite suprimento adequado de oxigênio aos músculos.
Atividades anaeróbicas: (levantamento de peso, corrida de 100 metros). Desenvolve velocidade, força e capacidade. Feito em um ou dois minutos. Usa oxigênio armazenado nos músculos. Produz fadiga muscular.
Desenvolvimento de habilidades: (ioga, tênis, golfe). Produz flexibilidade, equilíbrio, coordenação.
Cada tipo de exercício produz efeitos fisiológicos diferentes:
Aeróbicos: sistema cardiovascular e respiratório mais eficiente.
Anaeróbicos: desenvolve massa muscular.
Desenvolvimento de habilidades: coordenação muscular, flexibilidade, equilíbrio, harmonia.
Todos combatem o stress. Escolha o mais adequado a você e exercite com frequência (4/5 vezes por semana). Comece lentamente.
Bibliografia:
Goleman e Gurin. Equilíbrio mente-corpo. Rio de Janeiro: Editora Campus. 2000.
Ramos, D. G. A Psique do Corpo. São Paulo: Summus editorial, 1994.
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Dra. Denise Hernandes Tinoco